O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta segunda-feira (27) que o ataque a um acampamento de refugiados em Rafah, na Faixa de Gaza, foi um "erro trágico".
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, cerca de 45 pessoas morreram durante o ataque, na noite de domingo (26). Há relatos de mulheres, crianças e idosos entre as vítimas, muitas delas carbonizadas. Israel admitiu que pode ter havido um incêndio no acampamento em decorrência do bombardeio. Houve forte reação internacional.
Em um discurso ao Parlamento, Netanyahu afirmou que, "apesar dos nossos máximos esforços para não ferir civis inocentes, na noite passada, houve um erro trágico. Nós estamos investigando o incidente e vamos obter uma conclusão, pois essa é a nossa postura".
A área atingida era um acampamento para onde parte da população de Rafah havia acabado de se mudar por conta do início da ofensiva de Israel na cidade, para onde cerca de 1,5 milhão de palestinos fugiram por ataque de Israel no resto do território palestino.
António Guterres, o secretário-geral da ONU, condenou as ações de Israel que mataram inocentes civis "que só buscavam abrigo contra esse conflito mortal".
"Não há lugar seguro na Faixa de Gaza. Esse horror precisa parar", afirmou ele na rede social X (antigo Twitter).
Martin Griffiths, chefe do Escritório para Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) da ONU, criticou o ataque de Israel:
"Outra atualização sombria de Gaza. O ataque aéreo de Israel em Rafah na noite passada matou dezenas de pessoas, muitas delas mulheres e crianças queimadas vivas (...) Tamanha impunidade não pode continuar", escreveu na rede social X (ex-Twitter).
Ministros das Relações Exteriores de países europeus se reunirão para cobrar de Israel o cumprimento aos direitos humanos.