O Partido Novo saiu em defesa do deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS), que se tornou alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), relatado pelo ministro Flávio Dino, por chamar um delegado da Polícia Federal (PF) de "bandido". Os crimes apurados incluem calúnia e difamação.
"O Novo não se calará diante do fato de um ministro do STF utilizar a Polícia Federal para questionar e intimidar um parlamentar que está cumprindo seu papel constitucional e representando os milhares de eleitores que o escolheram para alertar a população sobre os abusos de poder que vêm ocorrendo no Brasil", diz o documento divulgado pela revista Veja.
"O Novo continuará trabalhando para defender a liberdade de expressão no Brasil e fará todo o possível para que essa injustiça seja corrigida", prossegue o texto.
A investigação contra Van Hattem foi motivada por declarações feitas pelo parlamentar na Câmara dos Deputados, quando acusou o delegado da PF Fábio Alvarez Schor de supostamente "produzir relatórios fraudulentos" para manter preso injustamente Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro.
— Atentado à democracia é fazer isso aqui, que é policial federal, mas que na verdade está agindo como bandido — declarou o deputado durante discurso em agosto.
Conforme informações do jornal Valor Econômico, o inquérito foi aberto após notícia-crime enviada pela cúpula da PF ao STF. A publicação informa ainda que a corporação intimou Van Hattem a prestar depoimento, e o processo tramita sob sigilo na Suprema Corte.